Tecnomapas – 20 anos
O Início
Em 1996, enquanto os proprietários rurais, para gerenciar suas fazendas, mal tinham mapas feitos em papel manteiga, desenhados com canetas nanquim, a Tecnomapas já oferecia mapas feitos em computador, com uso de imagem de satélite, geoposicionados, permitindo o uso de coordenadas e medidas corretas, para que os produtores rurais pudessem ter os mapas de suas propriedades com suas áreas produtivas, de preservação e de infraestrutura. Essa tecnologia foi revolucionária na época, praticamente não se existia nada igual em Mato Grosso e em baixa escala no Brasil. Nesse período, a Tecnomapas produziu os mapas-imagem (esse era o nome do produto na época) de um terço dos imóveis rurais do Estado. Proprietários rurais vinham de todos os municípios para analisarem seus imóveis por meio de imagem de satélite. Essa atividade teve profundo impacto na qualidade do planejamento e gestão da produção agropecuária de Mato Grosso, permitindo uma gestão mais precisa com tecnologia de ponta.
A primeira base cartográfica
Em seguida a Tecnomapas começou a produzir mapas municipais com todas as propriedades rurais, rios, estradas, manchas urbanas dentre outros dados de fundamental importância para a administração pública municipal. A tecnologia que permitia fazer o mapa dos imóveis rurais e municípios, possibilitou que a Tecnomapas desenvolvesse a primeira base cartográfica estadual vetorial na escala 1:100.000 do Brasil e atualizadas por meio de imagem de satélite. Os computadores da época não conseguiam processar tamanha base de dados, foi preciso muita inovação e novos procedimentos criados pela empresa para que fosse possível a confecção da mesma. Não demorou para o governo Estadual perceber o potencial dessa base para seu planejamento estratégico, e logo a Tecnomapas foi contratada pelo INTERMAT (órgão de terras estadual) e pela FEMA-Fundação do Meio Ambiente (hoje Secretaria Estadual de Meio Ambiente) de Mato Grosso, que adquiriram a base vetorial e as imagens de satélite. O Estado veio a adquirir ainda o mapa rodoviário. Essa base vetorial permitia que o Estado pudesse, via computador, inserir áreas de interesse, obter informações com medidas precisas para planejamento, tudo isso em uma época que quase não havia internet e que o Google e seu Google Mapas ainda não existiam, essa era uma importante fonte de dados e foi um diferencial para o Estado de Mato Grosso usar informações de qualidade em sua administração governamental.
O início da projeção nacional
A partir do sucesso da base cartográfica estadual de Mato Grosso, a Tecnomapas começou a desenvolver bases para diversos Estados do Brasil, esse trabalho ganhou bastante destaque e no ano de 1999, a empresa iniciou os trabalhos para o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estáticas, seu primeiro contrato a nível federal. Nesse contrato a Tecnomapas digitalizou, vetorizou e atualizou quase 50% do acervo cartográfico digital disponibilizado a época. Esse contrato fez com que a empresa ganhasse grande expertise cartográfica aplicadas a informações digitais e vetoriais, tecnologia inovadora naquele momento. Após esse trabalho a Tecnomapas seria contratada pela FUNAI para desenvolver a base vetorial dos limites de diversas Áreas Indígenas.
Bases Urbanas
Já com o pleno domínio da tecnologia de bases cartográfica, a Tecnomapas desenvolveu a primeira base cartográfica urbana do município de Cuiabá, com geopocionamento real e atualizada por meio levantamento com foto aérea georreferenciada através de aparelho de GPS, que na época ainda era uma grande novidade e bastante complexo de se utilizar. Pela primeira vez a administração municipal tinha um mapa digital que permitia fazer um planejamento urbano mais adequado às necessidades dos cidadãos cuiabanos. O sucesso dessa base levou a Tecnomapas a fazer muitos outros mapas urbanos para diversos municípios do Estado.
SLAPR Sistema de Licenciamento Ambiental em Propriedades Rurais
O Sistema de Licenciamento Ambiental em Propriedades Rurais – SLAPR no Estado de Mato Grosso entrou em operação no ano de 2000, após dois anos de concepção e preparação por parte da FEMA – Fundação Estadual do Meio Ambiente, atualmente SEMA-Secretaria Estadual. Juridicamente, estava baseado na Lei Complementar Estadual n° 38/1995, que estabeleceu o Código Ambiental do Estado de Mato Grosso. Em seu artigo 18, a referida lei determinava que as pessoas físicas ou jurídicas, inclusive as entidades da administração pública, que vieram a construir, instalar, ampliar e funcionar no estado de Mato Grosso, cujas atividades possam ser causadoras de poluição ou degradação ambiental, dependeriam de prévio licenciamento ambiental. Essa legislação estadual foi, à época, uma inovação no direito ambiental, ao prever expressamente o licenciamento de atividades de desmatamento, exploração madeireira e projetos agropecuários, independentemente do tamanho e da finalidade, algo que só foi incorporado na legislação federal na Resolução Conama n° 237/1997. Até então, nenhuma unidade da federação aplicava o licenciamento ambiental nos moldes da Resolução Conama e tal como estipulado na Lei Federal n°6.938/1981.
A disposição em lei estadual e sua implementação com o desenvolvimento de um sistema peculiar tornaram o licenciamento em propriedades rurais de Mato Grosso pioneiro no país. O SLAPR teve como objetivo principal reduzir os desmatamentos irregulares de vegetação nativa (florestas e cerrados) em imóveis rurais no estado de Mato Grosso.
Esse sistema estava centrado nas atividades de licenciamento ambiental, monitoramento e fiscalização, sendo o licenciamento ambiental em propriedades rurais o principal instrumento. No monitoramento, o poder público acompanhava a evolução do desmatamento em cada propriedade rural licenciada no território estadual com o uso de imagens de satélite, e a fiscalização/responsabilização ocorre por meio de imagens de satélite.
Uma vez que a FEMA já fazia uso da base cartográfica 1:100.000 desenvolvida pela Tecnomapas, começou a perceber que havia potencial para se criar uma base de propriedades rurais unificada, onde essas propriedades rurais poderiam ser monitoradas por meio de imagem de satélite, esse era o conceito do SLAPR.
A ideia era boa, mas a tecnologia era escassa a época para tamanho desafio, principalmente no que diz respeito a um Estado do tamanho de Mato Grosso. No entanto a FEMA não desistiu da ideia e contratou a Tecnomapas para ajudar a alcançar os objetivos do SLAPR. A primeira coisa a ser feita a época era dotar a FEMA de um banco de dados espacial que comportasse as propriedades rurais e assim foi feito. Em seguida foi criada a LAU – Licença Ambiental Única, onde o proprietário rural deveria apresentar o mapa vetorial da sua fazenda atualizada com imagem de satélite e os seus respectivos documentos exigidos. Uma vez que os imóveis chegavam a FEMA de forma vetorial, os mesmos eram então analisados pela equipe do órgão, estando o mapa correto, o mesmo era então transformado em informação geográfica e transferido para o banco de dados central da instituição. A Tecnomapas produzia a dinâmica de desmate, sendo o ano base o de 1999, onde a cada ano eram interpretados os novos desmates e esses eram cruzados via banco de dados com os dados das propriedades rurais e seus desmates autorizados, suas áreas de reserva legal e com as áreas preservadas. Os desmates interpretados eram ainda cruzados com as áreas indígenas e unidades de conservação. Como resultado desse cruzamento eram feitas as listas as áreas prioritárias a serem fiscalizadas, que eram apresentados na forma de relatórios e mapas impressos. Os fiscais iam a campo para realizar a fiscalização munidos de uma prova irrefutável de um desmate feito de forma ilegal.
Esse procedimento de trabalho apresentou grande sucesso e a FEMA-MT se tornou modelo para o Brasil recebendo visitas de muitos governos estaduais, ONGs e representantes de governos internacionais para entender a forma como eles trabalhavam. Não tardou para a FEMA se tornar uma Secretaria estratégica para o governo do Estado.
Padrões Nacionais
Em 2005 a Policia Federal iniciou a Operação Currupira de repressão à extração ilegal de madeira na Amazônia, foram presas mais de 100 pessoas entre funcionários públicos, empresários e proprietários rurais nos Estados do Pará, Rondônia, Amazonas, Santa Catarina, Paraná, Distrito Federal e Mato Grosso. O esquema criminoso que existia a quase 15 anos foi responsável pelo crescimento em 39% entre 2002 e 2005 do desmate da floresta amazônica. O problema morava na forma manual como a autorização para extração de madeira era realizada no Brasil, tudo era feito por meio de blocos de papel que gerava uma grande fragilidade em seus controles. O Estado de Mato Grosso tinha agora um grande desafio: não deixar a economia do agronegócio colapsar. Para evitar isso, o governo do Estado tomou medidas extremas, transformou a FEMA em Secretaria através da Lei Complementar n° 214 de 23 de junho de 2005, e assumiu do governo federal a responsabilidade de gestionar a cadeia produtiva da madeira. O grande problema era que a SEMA mal tinha estrutura para atender aos procedimentos do SLAPR e da LAU, quanto mais um trabalho tão grande como esse. Outro problema, não existia sistema ou software para esse trabalho, a época o governo federal trabalhava de forma analógica, tudo no papel, no restante do mundo quase não existia o conceito de manejo florestal sustentável, e ninguém tinha a expertise para desenvolver esse tal sistema. A SEMA então contratou a Tecnomapas, que já estava desenvolvendo um sistema de licenciamento ambiental que informatizaria todos os procedimentos do SLAPR para o órgão, para que em 60 dias desenvolvesse também o sistema de controle da cadeia produtiva da madeira, que deveria ser alimentado pelos proprietários de manejo florestal e empresários da indústria da madeira e por seus responsáveis técnicos, tudo através da internet, e com o máximo de segurança da informação, permitindo ainda que além dos funcionários da SEMA, funcionários dos órgãos de repressão ao crime ambiental pudessem acompanhar toda a movimentação da madeira via sistema.
Esse sistema era composto por dois módulos, o CC-SEMA e o SISFLORA. O CC-SEMA é um cadastro de consumidores de produtos florestais. A partir de janeiro de 2006 ele passou a ser obrigatório no Estado do Mato Grosso para todas as pessoas físicas e jurídicas que extraiam, coletassem, beneficiassem, transformassem, industrializassem, comercializassem, armazenassem e consumissem produtos, subprodutos ou matéria prima originária de qualquer formação florestal. Também ficaram sujeitos ao cadastramento os proprietários rurais, os administradores, o representante legal, o responsável técnico e o representante operacional das pessoas físicas e jurídicas que exercessem as atividades previstas anteriormente. O cadastro é o requisito básico para acessar o sistema SISFLORA, que é um sistema eletrônico que controla a comercialização e o transporte de produtos e subprodutos florestais no Estado do Mato Grosso.
Era um grande desafio, a época o conceito de internet 2.0 como conhecemos hoje mal estava engatinhando, e fazer um sistema desse tamanho era quase como fazer um sistema financeiro, era um desafio de alta complexidade. Porém a Tecnomapas aceitou o desafio e desenvolveu o SIFLORA, em 60 dias a primeira versão ficou pronta, os usuários internos e externos foram treinados, e Mato Grosso foi o primeiro estado a recuperar a sua normalidade depois da Operação Currupira.
Uma série de melhorias foram incrementadas ao SISFLORA logo em seguida. Isso não impediu que pessoas de má índole tentassem burlar o sistema, mas tudo que era realizado fica registrado, sem maneira de apagar os rastros, o que gerou informações para que os órgãos de segurança pública fizessem dezenas de operações para reprimir a extração ilegal de madeira com base nessas informações. Uma vez mais a SEMA-MT se tornara referência nacional e internacional por meio da adoção de tecnologia de ponta, o SISFLORA foi rapidamente adotado pelos Estado de Rondônia, Pará, Maranhão e Amazonas. O Governo Federal enviou sua equipe técnica para conhecer o SISFLORA e com base nos seus conceitos e mecanismos foi desenvolvido o sistema nacional de controle de madeira, sendo esse o primeiro sistema da Tecnomapas a se tornar padrão nacional.
O SISFLORA, desde sua implantação em vários Estados do Brasil, já movimentou mais de 20 bilhões de reais em valor de madeira, são dois milhões de transações realizados diariamente em seu banco de dados. A atual versão do SISFLORA, denominado SISFLORA 2.0 rastreia a madeira até a sua árvore de origem, sendo esse um grande passo evolutivo do sistema.
A Tecnomapas desenvolveria ainda o SIMLAM – Sistema Integrado de Monitoramento e Licenciamento Ambiental para SEMA, que finalizava o projeto maior do SLAPR, onde realmente informatizou todas as atividades desse grande projeto, que logo foi adotado pelos Estados do Pará, Rondônia, Maranhão e Espirito Santo (nesse último premiado com os prêmios INOVES e E-Gov). O SIMLAM hoje monitora mais de 80 milhões de hectares em mais de 100 mil propriedades rurais. Essa área é equivalente a duas Alemanhas. O SIMLAM promoveu agilidade no licenciamento ambiental de atividades econômicas em propriedades rurais, indústria, serviços e comércios, o que garantiu a proteção do meio ambiente e o crescimento econômico dos Estados que o adotaram. Sendo esse o segundo sistema que se tornou padrão para o Brasil, porque mesmo os Estados que não adotaram o SIMLAM desenvolveram sistemas com base em seu conceito.
A Tecnomapas também desenvolveu o sistema de gestão de recursos hídricos que permitiu a SEMA ter controle sobre todas as outorgas de captação de água e lançamento de efluentes nos rios do Estado, sendo a SEMA a primeira Secretaria a ter esse tipo de tecnologia a nível Estadual, hoje somente o Espirito Santo e a Secretaria de Meio Ambiente de São Paulo são detentoras de tal tecnologias, que foram desenvolvidas pelas próprias Secretarias.
A terceira tecnologia da Tecnomapas a se tornar padrão nacional foi o Cadastro Ambiental Rural. Uma vez que a Tecnomapas havia implantado o SIMLAM – Sistema Integrado de Monitoramento e Licenciamento Ambiental no Estado do Pará, o mesmo começou a entender que o SLAPR e a sua LAU – Licença Ambiental Rural, criada pelo governo de Mato Grosso, poderia ser demasiadamente burocrático para a realidade do Estado do Pará, que é muito diferente de Mato Grosso. O Pará é muito maior, mais heterogêneo, e existem muitos proprietários de pequenas propriedades rurais que não teriam condições de pagar a um consultor ambiental para acompanhar todo o processo de licenciamento de toda a propriedade, que era a proposta da LAU. O órgão reuniu então seu corpo técnico e jurídico, bem como a equipe da Tecnomapas, que era sua fornecedora de tecnologia, para buscarem uma solução mais dinâmica para o licenciamento ambiental de propriedade rural. Desse trabalho nasceu o CAR – Cadastro Ambiental Rural. Seria a primeira etapa do licenciamento, e seu objetivo era que o proprietário se cadastrasse seus dados, os dados da sua propriedade rural e enviasse o mapa vetorial da sua propriedade, tudo via internet, sem a interferência dos funcionários do órgão, que assim como todas as Secretarias de Meio Ambiente do Brasil, não tinham nem pessoal e nem estrutura para atender aos cidadãos da região rural do Estado. A segunda etapa do trabalho do CAR foi permitir que outros órgãos parceiros, sejam eles estaduais, federais ou municipais, pudessem realizar o cadastro ambiental rural das propriedades rurais no sistema, de forma a reduzir a necessidade de contratação de consultores ambientais por parte das famílias mais desfavorecidas donas de pequenas propriedades rurais, isso permitiu a capilarização do CAR no Estado do Pará.
Após o sucesso do CAR no Pará, Mato Grosso decidiu adotá-lo também, a partir do principio de o CAR ser o primeiro passo para o licenciamento, o Governo de Mato Grosso viu a oportunidade de repensar o CAR e criou então o programa MT Legal que era a base técnico-legal do CAR-MT, a Tecnomapas desenvolveu o sistema do CAR integrado ao SIMLAM, porém com um módulo de PRA – Programa de Regularização Ambiental denominado PRAD Online, a SEMA adquiriu ainda, com apoio da Tecnomapas, imagem de satélite de alta resolução SPOT, o que permitiu que a Secretaria pudesse fazer um monitoramento muito mais preciso que antes. O CAR-MT foi um grande sucesso nacional e internacional e logo o governo federal, mais uma vez, veio a Mato Grosso para entender melhor o que era o CAR. Vendo potencial desse novo modelo de licenciamento, visitou o Estado do Pará e logo começou a fazer oficinas sobre o assunto para melhor entender seu funcionamento e potencial para ser aplicado no Brasil. Quando o novo código florestal foi criado, lá estava o CAR. Nesse meio tempo, o Estado do Espirito Santo (sendo o Espirito Santo, até 2016, detentor do CAR mais bem-sucedido do Brasil) e o Estado de Rondônia também solicitaram a Tecnomapas a implantação do CAR. Em seguida o governo federal desenvolveu seu próprio sistema de CAR. Sendo essa a terceira solução da Tecnomapas a se tornar padrão nacional.
Com base nessas tecnologias, na última década, até o ano de 2015, os estados que mais haviam reduzido a taxa de desmatamento foram Mato Grosso (-91%), Rondônia (-82%) e Pará (-79%) segundo o INPE – Instituto Brasileiro de Pesquisa Espacial. Esses estados foram pioneiros no uso de geotecnologia, imagens de satélite e sistema de controle de madeira e a Tecnomapas tem muito orgulho de ter provido toda a base tecnológica que possibilitaram ao Brasil proteger seus recursos naturais para as futuras gerações.
O Desafio Fundiário
Um dos maiores desafios do Brasil é a questão fundiária, e com a tecnologia e experiência que a Tecnomapas veio adquirindo ao longo de sua existência, logo começou a ser contratada para ajudar o governo federal e os Estados a buscar soluções para esse problema. O foco dos trabalhos estava no acervo fundiário do governo federal e de diversas Secretarias Estaduais. O problema reside no fato que a maioria dos documentos e mapas que dão sustentação a garantia da propriedade rural estavam em acervos de papel armazenados de forma precária, colocando toda a segurança jurídica dos Estados em jogo. A Tecnomapas vetorizou, digitalizou e cadastrou no sistema SIGLO – Sistema Integrado de Gestão de Lotes, desenvolvido pela empresa, mais de 500 mil imóveis rurais. As atividades foram realizadas nos Estados de Rondônia, Pará, Amazonas e Mato Grosso do Sul. Foi preciso desenvolver toda uma metodologia e tecnologia que permitisse o armazenamento e gerenciamento de terabytes de arquivos digitalizados integrados aos seus respectivos polígonos geoposicionados das propriedades rurais, de forma a serem acessados e pesquisados de maneira rápida, dinâmica e eficiente.
Gestão Urbana
A Tecnomapas já havia feito a primeira base urbana municipal de Cuiabá, e após a prefeitura ter contratado uma empresa para fazer todo seu cadastro imobiliário e uma nova base cartográfica mais atualizada, a administração municipal ainda vinha perdendo arrecadação. Em 2007 a arrecadação de IPTU tinha sido de 18 milhões de reais, em 2008 de 17 milhões, em 2009 de 15 milhões. Em 2010 a Tecnomapas então começou a trabalhar junto a prefeitura com a implementação de geotecnologias, atualização da base cadastral e dos serviços urbanos, fluxo de trabalho estruturado e fornecimento de pessoal especializado, o trabalho em conjunto com a equipe de auditores altamente especializados da prefeitura permitiu que a mesma arrecadasse ainda em 2010, 22 milhões, em 2011, 44 milhões, em 2012, 65 milhões, em 2013, 85 milhões, em 2014, 96 milhões e em 2015 110 milhões. Até o ano 2015 a prefeitura de Cuiabá tinha a segunda menor alíquota de IPTU entra as capitais da federação, perdendo somente para Vitória. Esse aumento de arrecadação se deu porque a base de dados para calculo da prefeitura estava representando o crescimento da cidade, ou seja, se um imóvel aumentou sua área construída, mudou de padrão, virou comércio, ou recebeu serviços públicos (esgoto, água, energia, asfalto e etc.) esses dados são atualizados no banco de dados da prefeitura permitindo que o valor do IPTU seja atualizado, refletindo assim a realidade do contribuinte. Esse trabalho permitiu que arrecadação fosse feita com justiça social e mesmo na pior crise econômica do pais que vem ocorrendo entre 2015 e 2016, a prefeitura conseguiu prestar seus serviços públicos para a sociedade, pagar seu pessoal e seus fornecedores. A Tecnomapas tem orgulho de ter contribuído para esse resultado.
Geotecnologia
A Tecnomapas tem ‘mapas’ no nome porque a empresa sempre teve uma grande paixão por mapas, geoprocessamento, sensoriamento remoto e sistemas de informação geográfica. É uma das empresas pioneiras no Brasil e no mundo em geotecnologia de ponta. Além de todos produtos apresentados anteriormente a empresa obteve grandes feitos nessa área.
Talvez o de maior destaque seja a concepção do sistema de informação geográfica do GEOBASES. O governo do Estado do Espirito Santo sempre teve grandes avanços na área de geoprocessamento, além das próprias instituições governamentais serem muito avançadas nessa área, havia ainda as empresas locais e as empresas da região sudeste (São Paulo e Rio de Janeiro) que eram bastante consolidadas na área de geoprocessamento. Nós tínhamos feito a base cartográfica do Estado e começamos a ser conhecidos na região.
O Espirito Santo então contratou uma empresa especializada para obter uma base de imagem aérea de todo o Estado, um grande feito para época. Porém quando o Estado recebeu as imagens do voo, percebeu que sua distribuição por meio de cópias digitais era lenta, o problema se agravava porque muitas instituições municipais e algumas estaduais não possuíam conhecimento em geoprocessamento para fazer uso das imagens e esse era um desafio a ser superado pelo GEOBASES.
Sob a Coordenação da SEPLAN-Secretaria estadual de Planejamento, o GEOBASES – Sistema Integrado de Bases Geoespaciais do Estado do Espírito Santo, que é um sistema multiinstitucional, que foi constituído na modalidade de adesão, a partir da celebração do Convênio de Cooperação Mútua em 2001, integrando instituições públicas e privadas de diferentes áreas de atividades, para composição, manutenção, utilização e compatibilização das informações geoespaciais básicas do Estado do Espírito Santo, tinha o desafio de compartilhar tanto as imagens do voo quando a base estadual cartográfica entre seus vários convenentes.
A Tecnomapas foi então contratada pelo GEOBASES para desenvolver um sistema que permitia que os profissionais das varias instituições conveniadas ao GEOBASES, mesmo sem conhecimento de geoprocessamento, pudessem usar todas as bases de dados geográficos em seu cotidiano, seja para planejamento, seja para execução de suas atividades, e que em troca, pudessem alimentar a base de dados do GEOBASES com dados atualizados. Para tanto a Tecnomapas desenvolveu um desenhador online, com todas as ferramentas de desenho técnico para garantir a qualidade geométrica e topológica dos dados gerados, mas de fácil usabilidade para que usuários leigos em geoprocessamento pudessem utilizá-las, e que tivesse um excelente desempenho mesmo operando com uma das maiores bases geográficas do Brasil. O GEOBASES é com certeza o Sistema de Informação Geográfica colaborativa mais bem-sucedida do pais.
Com o sucesso do projeto de digitalização e vetorização do acervo cartográfico do IBGE e do projeto GEOBASES a Tecnomapas foi uma das poucas empresas privadas do pais a ser convidada pela CONCAR (Comissão Nacional de Cartografia) para ajudar na INDE – Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais que foi instituída pelo Decreto Nº 6.666 de 27/11/2008 com a seguinte definição: conjunto integrado de tecnologias; políticas; mecanismos e procedimentos de coordenação e monitoramento; padrões e acordos, necessário para facilitar e ordenar a geração, o armazenamento, o acesso, o compartilhamento, a disseminação e o uso dos dados geoespaciais de origem federal, estadual, distrital e municipal.
A INDE nasceu com o propósito de catalogar, integrar e harmonizar dados geoespaciais existentes nas instituições do governo brasileiro, produtoras e mantenedoras desse tipo de dado, de maneira que possam ser facilmente localizados, explorados e acessados para os mais diversos usos, por qualquer cliente que tenha acesso à Internet. Os dados geoespaciais serão catalogados através dos seus respectivos metadados, publicados pelos produtores/mantenedores desses dados.
A Tecnomapas foi convidada a integrar a CNMC – Comitê de Normalização do Mapeamento Cadastral nos anos de 2008, 2009 e 2010, sendo essa uma grande honra para a empresa.
Cuiabá foi uma das sedes da Copa de 2014 e para monitorar as obras em andamento o TCE – Tribunal de Contas do Estado, contratou a Tecnomapas para fornecer geotecnologia em nuvem da internet e monitoramento das obras com drones, a época tecnologias de ponta. Com esse trabalho o TCE pode antever as obras que não seria realizada a tempo do evento esportivo e demonstrar para a população o real andamento das mesmas.
O maior orgulho da Tecnomapas
O maior orgulho da Tecnomapas é ter formado nesses vinte anos centenas de profissionais nos Estados onde trabalhou, em especial em Mato Grosso. Durante todos esses anos, a Tecnomapas sempre contratou jovens estudantes que ao saírem da empresa já eram profissionais plenos ou sêniores nas áreas de tecnologia da informação, geoprocessamento, engenharia florestal, engenharia agronômica, administração, recursos humanos dentre outros. A Tecnomapas sempre teve orgulho de ter ajudado a desenvolver um polo de geoprocessamento e tecnologia da informação em Mato Grosso. Hoje muitas empresas e órgão públicos contam com profissionais de alta qualidade que tiveram sua primeira fase profissional na empresa.